O governo chinês sinalizou nesta terça-feira, 1º de março, que está pronto para atuar por um cessar-fogo. Por telefone, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou ao chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, que Pequim está "extremamente preocupada com os danos aos civis." Foi a primeira conversa entre os dois países desde o início do combate.


A Ucrânia está disposta a fortalecer as comunicações com a China e espera que o país desempenhe um papel na realização de um cessar-fogo. A declaração marcou uma mudança no tom do governo chinês. Na semana passada, questionado se a invasão representava uma violação da soberania da Ucrânia, um porta-voz de Pequim caracterizou a situação como “uma combinação de fatores”, mas não a descreveu como uma violação.


Nos dias que antecederam a invasão na Ucrânia, o porta-voz chinês também descreveu os EUA como o “culpado” da crise na Ucrânia, “aumentando as tensões, criando pânico e até exaltando a possibilidade de guerra”.


Vale lembrar que na sexta-feira passada, a China se juntou aos Emirados Árabes e a Índia na abstenção em uma resolução da ONU condenando a invasão da Ucrânia pela Rússia, que foi apoiada por outros 87 países. Moscou vetou a resolução.