A grande parte do eleitorado evangélico de Bolsonaro está nas igrejas pentecostais, especialmente na Assembleia de Deus, com a qual o PT nunca teve diálogo. Por esse motivo, o pastor vai ajudar Lula a falar com esse povo com uma linguagem pentecostal, que os evangélicos compreendem bem. Lula lembra que Bolsonaro tem o pastor Silas Malafaia e que sua intenção é desconstruir tudo que Malafaia falar, utilizando um discurso mais incisivo. “Cansei de apanhar. Agora chegou a hora de Malafaia também ouvir”, diz Lula já devidamente preparado para mentir também aos evangélicos e dizer que foi condenado e preso injustamente. De repente, em alguma pregação ao lado do seu pastor, Lula poderá dizer que é Deus. Mas a rejeição de Lula entre os evangélicos é grande. Luiz Inácio tem conversado com algumas lideranças evangélicas e afirma que a presença do ex-governador Geraldo Alckmin em sua chapa chegou na hora certa.
Falando ao jornal O Globo na sexta-feira, 18, o pastor de Lula adiantou que se criou um antagonismo entre a militância da esquerda e os evangélicos, mas isso não é verdadeiro. Diz que nem todo evangélico é extremista e homofóbico. O pastor já ensinou Lula o que dizer quando o assunto for a família. Lula dirá então ao povo evangélico que esteve casado durante 47 anos com dona Letícia e que Malafaia já está no terceiro casamento. O pastor de Lula não está para brincadeira. No que diz respeito ao aborto, por exemplo, Lula dirá que como pai, avô e filho é contra, mas como presidente da República tem que falar com o país, até porque a pauta pertence ao Congresso. Mas o pastor de Lula observa que a ordem é fugir desse assunto, evitá-lo de qualquer maneira. Outra ideia do pastor de Lula é fazer o podcast do PT viralizar nas redes sociais para desmistificar de vez a ideia que os evangélicos têm de Lula. Todo o discurso de Lula a esse povo lembrará a fé espiritual.
O pastor de Lula assegura que Bolsonaro usa a fé para manipular e que Lula falará da fé como libertação. O pastor observa que tem que acabar com essa conversa de que Bolsonaro é um enviado de Deus, que levou uma facada, não morreu e se tornou presidente da República. De agora em diante, o discurso nesse episódio será textualmente: “Lula é um homem que Deus permitiu que passasse 580 dias preso e saísse da Polícia Federal em Curitiba para ser presidente”. Então é isso. Ninguém deve se surpreender se Lula disser em seus comícios para evangélicos que é o enviado de Deus para salvar o país. Certamente salvar o mundo também. E poderá dizer isso fervorosamente, lembrando seus governos passados, dizendo que naquele tempo o povo tinha tudo e agora não tem nada. Então surgiu Deus indicando Lula para a Presidência da República. O roteiro já está pronto. E a linguagem divina de Lula sendo decorada. Lula será o profeta dos novos tempos brasileiros. Amém!
0 Comentários